Hipertensão na Gestação – Causas, Sintomas e Tratamento

A hipertensão, também chamada de pressão alta, é um fator de risco para doenças cardiovasculares, como infarto, AVC (Acidente Vascular Cerebral) e insuficiência cardíaca. Porém, os riscos da hipertensão na gestação podem ser ainda maiores.

Entenda que a hipertensão arterial (HA) é uma doença considerada problema de saúde pública devido seu elevado custo médico-social. Sua prevalência varia conforme a faixa etária, sexo, raça, obesidade e presença de patologias associadas, como diabetes e doença renal.

Diferente dos países desenvolvidos, a hipertensão na gestação permanece sendo a primeira causa de morte materna direta no Brasil (37%), sendo a proporção maior nas regiões Norte e Nordeste em relação ao Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

Continue a leitura para entender mais sobre o assunto.

O que é hipertensão na gestação?

A hipertensão na gravidez é caracterizada por um aumento da pressão arterial que, quando não é controlado adequadamente, pode comprometer a saúde da mãe e também do bebê.

Tenha em mente que são consideradas hipertensas as mulheres gestantes com valores de pressão arterial acima de 140/90 mmHG, popularmente chamado de 14 por 9.

Além disso, há diversos tipos de hipertensão que podem acometer a gestante e, em todos os casos, é preciso seguir o tratamento médico assim que diagnosticada.

Tipos de Hipertensão durante a Gravidez

Confira a seguir quais são os casos de hipertensão gestacional:

1) Hipertensão crônica (HC)

É a hipertensão que está presente antes da gravidez, ou é diagnosticada antes das 20 semanas de gestação. O diagnóstico é feito a partir de duas medições, feitas em ocasiões diferentes, com no mínimo quatro horas de intervalo entre elas.

O diagnóstico acaba sendo mais difícil nesse caso, por causa da presença do descenso fisiológico da pressão arterial (PA), que ocorre na primeira metade da gestação.

2) Pré-eclâmpsia (PE) e Eclâmpsia (E)

A pré-eclâmpsia é um novo diagnóstico de hipertensão arterial ou de piora de hipertensão arterial pré-existente, que é acompanhada de um excesso de proteína na urina e que surge após a 20ª semana de gestação.

Trata-se de uma síndrome caracterizada por comprometimento clínico generalizado heterogêneo e alterações laboratoriais. Os achados clínicos podem se manifestar tanto como uma síndrome materna (hipertensão, proteinúria e/ou sintomas variados) quanto como uma síndrome fetal (CIUR), ou ambos. Ela ocorre em 5% a 8% das gestações e é a principal causa de morte materna e perinatal nos países em desenvolvimento.

Eclâmpsia são convulsões que ocorrem em mulheres com pré-eclâmpsia e que não apresentam outra causa. Está associada ao aumento da mortalidade materna e frequentemente se acompanha de hemorragia cerebral. Foi observado uma frequência total de distúrbios hipertensivos na gravidez de 7,5%.

3) Pré-eclâmpsia superposta à hipertensão crônica

Pode ocorrer após as 20 semanas de gestação em portadoras de hipertensão crônica, ou um aumento adicional da proteinúria em quem já apresentava aumento prévio, ou ainda um aumento súbito da PA em quem apresentava níveis controlados previamente, ou alteração clínica ou laboratorial característica de pré-eclâmpsia.

4) Hipertensão gestacional (HG)

Define-se pelo aumento da pressão arterial que surge após as 20 semanas de gestação. Pode representar uma pré-eclâmpsia que não teve tempo de desenvolver proteinúria, ou uma hipertensão transitória se a pressão arterial retornar ao normal após 12 semanas do parto.

Causas da Hipertensão na Gestação

Não há consenso entre os médicos sobre as causas para essa condição. Inclusive, pode não haver um único motivo para que a hipertensão gestacional se manifeste.

No entanto, entre os fatores de risco já conhecidos estão a má alimentação, histórico familiar, sedentarismo e o consumo excessivo de sal. Quem já sofre de hipertensão moderada antes da gravidez têm mais chances de desenvolver a eclâmpsia.

Sintomas da Hipertensão na Gestação

Lembrando que os sintomas podem variar de acordo com cada pessoa. Mas, de forma geral, as pacientes podem apresentar:

  • Dores abdominais intensas;
  • Dores de cabeça;
  • Convulsões;
  • Sangramento vaginal;
  • Retenção de líquido e ganho de peso;
  • Vômitos.

Tratamento

Como já mencionamos, a hipertensão na gestação pode ser leve, moderada ou grave.

Quando ela é leve, pode ser controlada fazendo pequenas mudanças na rotina da grávida, como a prática de exercícios moderados e uma alimentação mais equilibrada. Nos casos mais graves, pode ser necessário o uso de anti-hipertensivos que não exponham o bebê e a gestante a riscos.

Lembre-se de jamais se automedicar e siga sempre a orientação do seu médico.

Prevenção da Hipertensão na Gestação

Realizar o pré-natal é a melhor maneira de evitar que a pré-eclâmpsia evolua para uma eclâmpsia. Além disso, o acompanhamento na gravidez, principalmente nos meses iniciais, precisa ser rigoroso.

Caso seja observado um leve aumento na pressão arterial, é recomendado fazer repouso e aumentar a cautela no dia a dia. Por fim, o acompanhamento de um cardiologista se faz imprescindível.

Mesmo antes de engravidar, é importante adotar um estilo de vida mais saudável, para evitar problemas futuros.

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Sobre o autor:

Dr. Esdras C Prado

Dr. Esdras Canfield Prado nasceu no dia 16 de dezembro de 1976 na cidade de Maringá, norte do Paraná, onde iniciou sua formação acadêmica na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Graduado em 2001, especializou-se nas doenças do coração e desde então vem acumulando grande experiência na área de cardiologia clínica, através de um processo contínuo de estudos e atualizações.

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